Em um mundo cada vez mais conectado, é comum o surgimento de negócios que rompem com o modelo tradicional a que estamos acostumados. Esse é o caso das chamadas Boxies, aquelas empresas que cobram uma assinatura e, em troca, enviam caixas com determinados produtos.
Estes produtos, caro leitor, como você bem deve conhecer, variam de vinhos a lâminas de barbear, passando por livros e artigos de Pet. Existem até mesmo aqueles voltados para um público específico, como as “caixas Geek” que trazem jogos de tabuleiros, figuras de ação, revistas em quadrinhos e quaisquer outros itens que despertem o interesse de grupo social.
Nos EUA, já existem inclusive startups que entregam comida fresca destinada ao preparo doméstico, suprindo a demanda daqueles que gostam da moda de cozinhar em casa e que, devido à rotina do dia-a-dia, não têm tempo para ir ao supermercado. Uma delas é a Blue Apron, que conseguiu fazer seu faturamento explodir saindo de US$350 milhões, no último trimestre de 2015, para incríveis US$900 milhões no primeiro trimestre de 2017. No que os investidores chamam de Big Picture, a empresa é um fenômeno e um IPO com esses resultados teria grande chances de sucesso.
Pois bem, a menos de 12 horas do início do primeiro lote de ações do seu IPO, a empresa cortou de US$17,00 para US$11,00 o valor pedido para cada uma de suas ações. O Porquê, já veremos. Primeiro vamos voltar ao modelo de negócios dessas startups.
A receita é sempre a mesma: os produtos comercializados são enviados em caixas diretamente para casa do assinante com determinada frequência e, além dos produtos, as caixas incluem pequenos artigos, como revistas, adesivos, folders de descontos e qualquer outro item muito bem pensado e que seja capaz demonstrar ao cliente que ele é especial e por isso merece ser presenteado. Este inclusive é o ponto principal do modelo de negócio aqui desenvolvido: o apelo emocional e a percepção de exclusividade dos clientes, sentimentos que, digamos, estão muito aflorados no público alvo: a Geração Y. Estes jovens estão neste exato momento assumindo posições mais bem remuneradas e começam a querer os “benefícios” dessa situação, ainda que não abram mão da característica que os marca: a necessidade de quebrar os modelos tradicionais e sempre ávida por inovações tecnológicas. Então, porque não fortalecer empresas que enfrentam as grandes e tradicionais marcas que estão aí a anos e ainda por cima por meio de uma ferramenta que os identifica como geração, a Internet. Com este modelo tão bem desenhado, e com um público ansioso por consumir, qual seria o desafio?
Bem caros leitores, este é o tópico que iremos tratar na próxima semana!
Por enquanto, mantenham os olhos no horizonte e sigamos nossa jornada!