Em nossa ultima coluna entendemos melhor o que é o IDH, e sua metodologia de calculo. Vamos agora explorar um pouco o ranking de IDH em 2017, e entender o motivo pelo qual alguns países são ricos e outros são pobres.
Podemos começar conhecendo quais o primeiros países no ranking desse índice em 2017. Segundo o PNUD, os primeiros 25 países são:

Vamos tentar mostrar os motivos que separam países ricos de países pobres. Conforme você poderá conferir na animação a seguir —do canal The School of Life do YouTube —, há 3 causas que determinam se uma nação será próspera ou não, economicamente a: a qualidade das instituições, a cultura e a geografia. Assista. (há legendas na configuração do youtube).
Achei interessante a abordagem do The School of Life, e trouxe aqui para refletirmos. Como visto, basicamente, o primeiro dos fatores que determina se um país será próspero ou não, são suas instituições. Economistas discordarão dessa variável, de forma contundente, pois há vários elementos econômicos, tais como produtividade, que antecedem a esse, na visão econômica.
Mas vamos a visão apresentada: As instituições são vitais para o crescimento de uma nação e, evidentemente, os países ricos têm instituições boas e sólidas. A solidez e qualidade dessas instituições seria responsável pelo pior de todos os males relacionados ao subdesenvolvimento das nações: a corrupção. Existe uma correlação direta entre a pobreza e a corrupção, e os países mais ricos do mundo, invariavelmente, também são os menos corruptos — ao contrário dos mais pobres.
O segundo fator mencionado na animação é a cultura, ou seja, o que se passa na mente da população, quais são suas perspectivas e suas crenças. E curiosamente, uma estatística que se destaca aqui é com respeito à religião. Segundo o vídeo, se existe uma generalização que podemos fazer com relação à religiosidade e a pobreza é que, quanto mais crente é uma população, menor é a probabilidade de que ela seja rica.
Isso significa que ter fé atrapalha o desenvolvimento? Mais ou menos.
Para os autores, boa parte das religiões do mundo transcendem a vida na terra, e entregam ao sobrenatural os designíos da vida, seja lá como se chama ou como seja representado. Isso leva a dois grandes problemas para a geração de riqueza: a ideia de que não é necessário se esforçar nesta vida, pois ao seguir as regras da religião viver-se-á no paraíso na próxima; e a hipótese de que não ter renda nem riqueza decorre de escolha do divino, de merecimento sobrenatural. Exceção feita aos Estados Unidos, nação extremamente rica e religiosa, porém a religião tem peculiaridades distintas da maioria das religiões dos países pobres, como pôde observar no vídeo.
Outro fator abordado é a geografia e, segundo a animação, basta dar uma olhada na lista de países mais pobres do mundo e localizá-los em um mapa para percebermos que a grande maioria se situa nos trópicos.

Para os autores, a população que habita essas regiões também é mais vulnerável a uma enorme variedade de doenças, e esses países tem sérios problemas de conectividade com o resto do mundo.
Também ressaltam a forma como os recursos naturais são explorados. Segundo a animação, paradoxalmente, as nações mais pobres costumam dispõem de uma grande quantidade de recursos naturais, porém, voltando ao fator das instituições corruptas, não os utiliza para gerar riqueza interna, e a exploração inadequada é um enorme problema que, além de corromper e afetar todos os níveis da sociedade, faz com que essas nações se tornem ainda mais pobres.
Você, Brasileiro, identificou seu país nessas características de países pobres? O que achou dos argumentos do The School of Life?
Vamos continuar falando disso nas próximas colunas.