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André Luiz Cordeiro Cavalcanti

Desigualdade, Trump, Bolsonaro...


Vou começar falando de desigualdade de renda. Um grupo de bilionários americanos conhecido por “Riqueza Responsável”, composto 400 pessoas, e que defendem causas progressistas, pediram formalmente ao congresso americano que não aprovassem lei que os isenta de impostos. Pasmem.

Nesse grupo estão muitos bilionários, dentre eles Bem Cohen, dono da Bem & Jerry, George Soros, Rockfeller etc.

Eles são contra o projeto do Trump que pretende reduzir impostos dos muito ricos para que esses muito ricos invistam o dinheiro que sobra dos impostos em produção. Gerando emprego e rendas para os mais pobres.

Segundo esses bilionários, Isso não acontece. Argumentam que já investem e já são excessivamente ricos, e que se deixarem de cobrar impostos, vão juntar ainda mais fortuna, sem que aumentem a aplicação de seus recursos em novos investimentos.

Continuam afirmando que sem os impostos, o estado não consegue fazer o mínimo de politicas sociais e distributivas para diminuir a desigualdade de renda, e ajudar os mais necessitados.

Sei que a maioria dos economistas não acredita nisso, mas gostaria de trazer uma pequena reflexão:

NÃO ACREDITE NESSA BALELA QUE IMPOSTO É RUIM! IMPOSTO É RUIM PARA QUEM PAGA, E BOM PARA QUEM SE BENEFICIA.

No caso específico do Brasil é ruim para os pobres, que realmente paga, e excelente para os ricos, que pagam muito pouco. Por isso, não teremos reforma tributária organizada por esse congresso repleto de vagabundos vendidos representantes dos mais ricos.

A tendência é que “o rico cada vez fica mais rico, e o pobre cada vez fique mais pobre, e o motivo todo mundo já conhece é que o de cima sobe e o de baixo desce... bom chi bom chi bom bom bom”

Bom, vou aproveitar duas deixas para continuar em outro assunto: Trump e Brasil. Quando juntamos essas duas coisas lembramos de quem?

Eu lembro de BOLSONARO.

O Alexandre Schwartsman escreveu hoje que a eleição do Bolsonaro é uma ameaça a economia. Gostaria de indicar a alguns economistas, que se consideram liberais leiam o artigo desse economista, também liberal. Ele cita em dado momento:

“Bolsonaro até pode tentar se disfarçar de liberal moderado, mas sua biografia escancara um radical, intervencionista e inimigo dos direitos.”

Não vou me alongar nesse tema, mas todos os economistas, de esquerda e de direita, concordam com a perspectiva que um governo populista nacionalista, como explicitamente será o do Capitão, seja qual for a linha ideológica, de esquerda ou de direita, tende a ser um fracasso e um problema para o país.

E continuando com Bolsonaro, ele hoje tuitou algo grosseiro para a jornalista Mirian Leitão, afirmando que ela era uma marxista, e que iria “lamber suas botas”, como lambeu a de todos os presidentes.

Não queria perder tempo com Bolsonaro, mas temos de falar de política e de economia por aqui.

Vou começar a falar da Miriam Leitão. MIRAN LEITÃO MARXISTA? Ela passou 13 anos de governo PT criticando diariamente as decisões econômicas de esquerda, defendendo o mercado e políticas liberalizantes.

Chamar Miriam Leitão de marxista só pode ser uma das duas coisas: total falta de informação e conhecimento histórico do que isso significa; ou ma fé das mais descaradas e mais uma fake News, a la Trump, seu ídolo.

Outro ponto em relação a essa afirmação, que me preocupa muito, é o ódio que tem sido fomentado por esse deputado. Não só ele, mas boa parte das pessoas que tem feito desse flaxflu de esquerda e direita seu feijão com arroz diário.

Qual o problema de ser marxista? Qual o problema de ser radical de direita? Qual o problema com qualquer fé ou ideologia?

Todos nós temos o direito sagrado ao livre arbítrio e à liberdade de expressão, de sermos o que queiramos ser, sem que venha um retardado medianamente mobralizado com discurso de ódio e leve seus seguidores acéfalos a odiarem alguém por suas ideologias, raça, gênero ou opção sexual.

O que me aterroriza é a hipótese de um grupo de pessoas estreitas passar a conduzir esse país com ideais de ódio, com vontade de exterminar todo comunista, todo gay, ou todo “qualquer coisa” que não esteja no espectro de escolhas que fazem para suas próprias vidas.

Como afirmou, Reinaldo Azevedo, seguindo a lógica anarquista de “matar o ultimo comunista com as tripas do ultimo gay”.

Isso pode ser muito perigoso.

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