O conceito de sustentabilidade está normalmente relacionado com uma mentalidade, atitude ou estratégia que é ecologicamente correta e viável no âmbito econômico, socialmente justa e com uma diversificação cultural. É uma forma de usufruir dos recursos naturais existentes na terra sem comprometer as próximas gerações. Ou seja, é utilizar aquilo que temos na terra impactando o mínimo o meio ambiente.
Por se tratar de um tema relevante na atualidade, a sustentabilidade é usada como argumento de venda de carros, prédios, empreendimentos e até mesmo em roupas, conceituadas como “ecologicamente corretas”. É um mote muito explorado pelas empresas para mostrar que o produto foi fabricado sem danificar ou prejudicar o meio ambiente.
O Desenvolvimento Sustentável é considerado uma grande oportunidade de mudança e transição para as empresas e organizações. Trata-se de uma nova forma de fazer negócios, de conviver na sociedade, de desenvolver-se e de crescer em meio a concorrência, trazendo benefícios para todos. No material de análise, Alves (2001) aponta que “o papel da empresa na sociedade não se restringe meramente à produção de bens ou à prestação de serviços em condições eficientes, assim como não se limita à maximização do lucro para os acionistas, porém consiste, antes, na geração de riqueza em um sentido mais amplo”. Conforme citado no texto de apoio, fica claro que as organizações podem incorporar a sustentabilidade no plano de negócios, ou seja, como uma forma estratégica e tendo o desafio de inovar, ampliar a forma de como elas atuam, criando valores relacionados à cidadania.
Também no texto Sustentabilidade como ferramenta de estratégia, Ferreira (2004) menciona que “a conexão entre governança corporativa e sustentabilidade fica mais evidente quando se observa os quatro princípios que norteiam as boas práticas de governança: transparência, prestação de contas, equidade, e responsabilidade corporativa (IBGC, 2009). Apenas através de boas práticas de governança corporativa é que uma companhia consegue ter credibilidade, atrair capital e se diferenciar no mercado”. Entende-se nesse caso que as empresas privadas tendem a ter melhores práticas de governança corporativa do que empresas públicas, pois as instituições privadas tendem a ser mais ágeis nos processos de tomada de decisão, além de não estarem sujeitas às interferências e indicações políticas que ocorrem nas empresas públicas.
Por isso, é necessário criar, analisar, planejar e construir de forma estratégica, bens e serviços e criar soluções ambientalmente sustentáveis com alternativas por parte das organizações os danos ambientais que são causados principalmente pelas grandes indústrias e devido à ação do homem. E explorar ações de planejamento urbano, pois, a saúde envolve diversos campos socioeconômicos e que está ligado às pessoas como um todo.
“Numa economia global, e com a internacionalização dos investimentos, as práticas de boa governança e sustentabilidade corporativa cada vez mais abarcam questões éticas, sociais e ambientais e adquirem particular relevância, especialmente no acesso ao financiamento nacional e internacional e na estabilidade deste, bem na atração de capital estrangeiro.” (OECD, 1999 apud NÚÑEZ, 2006).
A citação destacada do texto mostra que a Responsabilidade Social em uma corporação representa o compromisso contínuo da empresa com seu comportamento ético e com o desenvolvimento econômico, promovendo ao mesmo tempo a melhoria da qualidade de vida de sua força de trabalho e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo, sendo hoje, um fator tão importante para as empresas como a qualidade do produto ou do serviço, a competitividade nos preços, marca comercialmente forte, etc.
É preciso conciliar o crescimento econômico com a preservação ambiental, no entanto. É um desafio e exige que as empresas tenham em mente o desenvolvimento e a competitividade dos negócios com visão estratégica, a minimização dos impactos no meio-ambiente e, ainda, a satisfação do consumidor que deve perceber esses esforços como valor agregado.
Em conclusão, todos devem ter um compromisso de se engajar na luta para termos um ecossistema equilibrado, com a utilização das tecnologias avançadas mais sustentáveis. Diante disso, Sustentabilidade precisa ser um compromisso, pois empresas e as comunidades que as circundam dependem de ecossistemas saudáveis e produtivos.
Suzana B Malta Sampaio é aluna da disciplina de Práticas em Gestão para o Desenvolvimento na Universidade Católica de Brasília. O texto foi orientado pelo argonauta Prof. Msc. Arthur Mesquita Camargo.
REFERÊNCIA
BENITES, L. L. L.; PÓLO, E. F. A sustentabilidade como ferramenta estratégica empresarial: governança corporativa e aplicação do Triple Bottom Line na Masisa. Revista de Administração da UFSM, v. 6, n. Edição Especial, p. 827-841, 2013. Disponível em: < https://moodle2.catolicavirtual.br/pluginfile.php/37888/mod_resource/content/1/8879- 48079-2-PB.pdf>. Acesso em: 9 abr. 2018.